Espetáculos 2025

Festival Pés no Chão 2025 afirma Campo Maior como palco internacional da dança contemporânea

De 2 a 4 de maio, Campo Maior voltou a ser o epicentro da dança contemporânea, com mais uma edição do Festival Internacional Pés no Chão. O evento, promovido pelo Município de Campo Maior em parceria com a associação cultural Axpress-Arte, trouxe à vila alentejana movimento, diversidade e intercâmbio artístico com expressão global.

A edição de 2025 contou com artistas e formadores de 14 países diferentes, tornando-se a mais internacional de sempre. Durante três dias, os espetáculos e workshops ocuparam espaços como o Centro Cultural e o Lagar-Museu Palácio Visconde d’Olivã, reforçando a ligação entre criação contemporânea e património local.

Uma das grandes novidades foi a estreia além-fronteiras: o espetáculo de abertura aconteceu em Badajoz (Espanha), no Teatro López de Ayala, com “Con Los Pies En El Suelo”, dirigido por María Lama e com assistência de Miguel Punzano. No dia 3 de maio, a versão portuguesa, “Com os Pés no Chão”, foi apresentada no Centro Cultural. Ambas contaram com interpretações bailarinos em formação profissional do CEDAM e do Tejido Colectivo.

A programação incluiu ainda obras de criadores como Libertad Pozo (“Deluati” e “Acariciando el Azul”), Kohei Nakatsu e Simone Cedar (“Taygete”), Ned Rose Nicolson (“This is a Contact Sport”), Anatole Gosse (“The Other Other Versions”) e Álvaro Murillo (“Flamenco Futuro [Código Abierto]”). A fusão entre tradição e inovação esteve presente em cada momento.

Na vertente formativa, o festival promoveu o contacto direto entre público e artistas. Destacaram-se o workshop de técnica contemporânea com Miguel Punzano, uma conferência dedicada à Vídeodança com o cineasta Alex Pachón e um workshop de flamenco contemporâneo conduzido por Álvaro Murillo. As atividades foram abertas ao público e envolveram participantes de várias idades e níveis de experiência.

Com esta edição, o Festival Pés no Chão afirmou-se como um evento de referência no panorama da dança contemporânea ibérica. Campo Maior consolida-se assim como território de criação artística, intercâmbio cultural e proximidade com a comunidade.